quinta-feira, 29 de dezembro de 2011


Pensamento sistêmico



Origem: Wikipédia.

pensamento "sistêmico" é uma forma de abordagem da realidade que surgiu no século XX, em contraposição ao pensamento "reducionista-mecanicista" herdado dos filósofos daRevolução Científica do século XVII, como DescartesBacon e Newton.


O pensamento sistêmico não nega a racionalidade científica, mas acredita que ela não oferece parâmetros suficientes para o desenvolvimento humano, e por isso deve ser desenvolvida conjuntamente com a subjetividade das artes e das diversas tradições espirituais.
É visto como componente do paradigma emergente, que tem como representantes cientistas, pesquisadores, filósofos e intelectuais de vários campos.


Por definição, aliás, o pensamento sistêmico inclui a interdisciplinaridade 


Indice

 1 Os paradigmas da ciência segundo o pensamento sistêmico[1]

[editar] Os paradigmas da ciência segundo o pensamento sistêmico[1]

[editar] O pressuposto da simplicidade


1. O pressuposto da simplicidade - a crença em que, separando-se o mundo complexo em partes, encontram-se elementos simples, em que é preciso separar as partes para entender o todo, ou seja, o pressuposto de que "o microscópico é simples". Daí decorrem, entre outras coisas, a atitude de análise e a busca de relações causais lineares.
O pressuposto da simplicidade tira o objeto de estudo dos seus contextos, prejudicando a compreensão das relações entre o objeto e o todo. Esse paradigma também leva à separação dos fenômenos: os físicos dos biológicos, estes dospsicológicos, dos culturais, etc., numa atitude de atomização científica. Faz parte dessa perspectiva também a atitude ou-ou, que, de acordo com a lógica, classifica os objetos, não permitindo que um mesmo objeto pertença a duas categorias diferentes. Além disso, esse pressuposto provoca a compartimentalização do saber, fragmentando o conhecimento em diferentes disciplinas científicas... Dessa forma criam-se os especialistas, aqueles que tem um acesso privilegiado ao conhecimento, estabelecendo-se uma hierarquia do saber.
Os sistemas são concebidos como simples, agregados mecanicistas de partes em relações causais separadas umas das outras, o que resulta em uma concepção de causalidade linear unidirecional, isto é, a causa eficiente aristotélica, como único princípio explicativo admissível.
Outra consequência dessa atitude é a crença de que o mundo é cognoscível desde que seja abordado de forma racional. Uma lógica que procura manter o equilíbrio do discurso através da expulsão da contradição (Morin). A existência de paradoxos, no entanto, faz decair essa postura, o que levou Russel a abordar os paradoxos na forma da teoria dos níveis lógicos.

[editar] O pressuposto da estabilidade

2. O pressuposto da estabilidade - a crença de que o mundo é estável, ou seja, em que o "mundo já é". Ligados a esse pressuposto estão a crença na determinação - com a consequente previsibilidade dos fenômenos - e a crença na reversibilidade - com a consequente controlabilidade dos fenômenos.
O pressuposto da estabilidade leva o cientista a estudar os fenômenos em laboratório, onde pode variar os fatores um de cada vez, exercendo controle sobre as outras variáveis. Assim, ele provoca a natureza para que explicite, sem ambiguidade, as leis a que está submetida, confirmando ou não suas hipóteses. Ao levar o fenômeno para laboratório, excluindo o contexto e a complexidade, focalizando apenas o fenômeno que estava acontecendo, ele exclui a sua história.
A idéia de "leis da natureza" é a mais fundamental da ciência moderna e tem uma conotação legalista, como se a natureza fosse obrigada a seguir leis... Possivelmente isso está ligado a idéias religiosas que concebem um legislador onipotente. Será que isso não seria uma tentativa de equiparar o conhecimento humano ao divino?
Dessa forma, principalmente a física concebe o mundo "que já é", e não em processo de ser, recorrendo a sistemas em estado de equilíbrio para estudo. Também por isso a física quântica quebrou velhos paradigmas...
Faz parte desse paradigma o pressuposto da previsibilidade: o que não é previsto com segurança é associado a um conhecimento imperfeito, o que leva a uma redução ainda maior do conhecimento por meio do pressuposto da simplicidade. Por conseguinte, a instabilidade de um sistema é visto como um desvio a corrigir. A idéia da controlabilidade dos fenômenos leva a uma interação do especialista na forma de uma interação instrutiva: a crença de que o comportamento do sistema será determinado pelas instruções que ele receber do ambiente e em que, portanto, poderá ser controlado e previsível.

[editar] O pressuposto da objetividade

3. O pressuposto da objetividade - a crença em que "é possível conhecer objetivamente o mundo tal como ele é na realidade" e a exigência da objetividade como critério de cientificidade. Daí decorrem os esforços para colocar entre parênteses a subjetividade do cientista, para atingir o universo, ou versão única do conhecimento.
No pressuposto da objetividade o cientista posiciona-se "fora da natureza", em posição privilegiada, com uma visão abrangente, procurando discriminar o objetivo do ilusório (suas próprias opiniões ou subjetividade). Daí advém a crença no realismo do universo: o mundo e o que nele acontece é real e existe independente de quem o descreve. Com isso obtemos várias representações da realidade, que ajudaria a descobri-la. E o critério de certeza advém daquelas observações conjuntas e reproduzíveis, onde, coincidindo os registros de observações independentes, mais confiáveis e objetivas são as afirmações. A estatística encontra aí um bom campo de atuação.
O relatório impessoal e as normas de trabalho científico orientam uma linguagem impessoal, "como se a caneta fosse um instrumento para a manifestação de uma verdade anônima"... Na verdade, a linguagem impessoal visa a "mascarar" a linguagem de forma a dar uma impressão de ausência de um sujeito, de um pesquisador, onde uma afirmação pode tomar a forma impessoal para mascarar uma opinião pessoal...
Resumindo: a ciência tradicional procura simplificar o universo (dimensão da simplicidade) para conhecê-lo ou saber como funciona (dimensão da estabilidade), tal como ele é na realidade (dimensão da objetividade).
Isso levou a uma dificuldade tremenda em três áreas científicas, onde podemos classificar, de acordo com Vasconcelos (2003), a adoção dos paradigmas científicos em fácil, tranquilo e difícil:
CiênciasFísicasBiológicasHumanas
simplicidadetranquilodifícildifícil
estabilidadetranquiloespecialmente difícildifícil
objetividadetranquilotranquiloespecialmente difícil
O pensamento sistêmico não nega o paradigma científico. Pelo contrário: ele o abarca, colocando-o em confronto com os paradigmas opostos e propondo uma ampliação dos paradigmas existentes.


[editar] O Pensamento sistêmico e a psicologia analítica de Carl Gustav Jung

Muitas críticas à teoria junguiana coincidem com a dificuldade em se aceitar a psicologia como ciência devido aos pressupostos apresentados. O pensamento sistêmico propõe, em contraposição, os paradigmas da complexidade, da instabilidade e da intersubjetividade, que se integram incrivelmente com a psicologia analítica.
O pressuposto da complexidade reconhece que a simplificação obscurece as inter-relações dos fenômenos do universo e de que é imprescindível ver e lidar com a complexidade do mundo em todos os seus níveis. Um exemplo de uma descrição baseada nesse pressuposto é a Sincronicidade, que prevê outras relações, que não são causais, para os eventos do universo. Além disso, a psicologia analítica lida de modo sistêmico com a psique, daí seu homônimo: psicologia complexa, ou profunda.
O pressuposto da instabilidade reconhece que o mundo está em processo de tornar-se, advindo daí a consideração da indeterminação, com a consequente imprevisibilidade, irreversibilidade e incontrolabilidade dos fenômenos. A abordagem orgânica, a homeostase psíquica, e a noção de inconsciente (o que inclui a freudiana), com os seus componentes arquetípicos e complexos são exemplos de abordagem sistêmica da psicologia analítica.
O pressuposto da intersubjetividade reconhece que não existe uma realidade independente de um observador e que o conhecimento científico é uma construção social, em espaços consensuais, por diferentes sujeitos/observadores. Então o cientista trabalha com múltiplas versões da realidade, em diferentes domínios linguísticos de explicações. Os tipos psicológicos junguianos são o que há de mais inovador nesse sentido, tendo inclusive reconhecimento científico tradicional na detecção dos tipos de personalidade.


[editar] Representantes do pensamento sistêmico

[editar] Ver também


sexta-feira, 4 de novembro de 2011


O que é Nutrição Funcional? - Por Gabriel de Carvalho

A Nutrição Funcional é uma maneira dinâmica de abordar, prevenir e tratar desordens crônicas complexas através da detecção e correção dos desequilíbrios que geram as doenças. Estes desequilíbrios ocorrem devido à inadequação da qualidade da nossa alimentação, do ar que respiramos, da água que bebemos, dos exercícios (a mais ou a menos) e alterações emocionais que passamos.

Estas “inadequações” são consideradas de acordo com a individualidade genética que ocorre em cada um de nós. Vamos a alguns exemplos: enquanto um indivíduo é alérgico a camarão o outro não é. Enquanto para um o café pode gerar dor de cabeça e insônia, para outro não. Enquanto um necessita de mais zinco (ex: 25mg) para produzir ácido suficiente em seu estômago, o outro precisa de menos (ex.: 10mg). Enquanto um precisa de mais ômega 3 para manter os triglicerídeos e o HDL em níveis adequados, o outro precisa de menos.

Da mesma forma que os dados e comandos que colocamos em um computador determinarão o funcionamento desta máquina, as informações que colocamos em nosso organismo, determinarão o seu funcionamento. Os nutrientes (sejam bons ou ruins, equilibrados ou desequilibrados), toxinas, hormônios e neurotransmissores são as “informações” que colocamos em nosso corpo diariamente. Caso você não goste de como sua máquina está funcionando, mude as informações que oferece a ela! Melhor ainda, “contrate” um programador, o nutricionista funcional, para lhe ajudar nesta tarefa!

A Nutrição Funcional considera a interação entre todos os sistemas do corpo, incluindo as relações que existem entre o funcionamento físico e aspectos emocionais.

A Nutrição Clinica Funcional possui cinco princípios básicos:
1) Individualidade bioquímica: Desde pequena(o), você não ouviu sempre dizer que em todo o planeta não há ninguém igual a você? Pois é, todo mundo sabe disso. No entanto, na hora de nos olharmos “por dentro”, em nossa saúde, os profissionais nos tratam como se fossemos todos quase iguais!

A interação de nossa genética única, de nossa alimentação e de elementos ambientais (toxinas, poluentes, estresse mental, atividade física) irão “modular” nosso genes determinando quais “falarão mais alto”, ou quais ficarão “calados”. O que todos desejamos, é "calar" os genes associados a doenças, e "deixar falar” os genes associados à saúde!!!

Este princípio irá nortear à terapia nutricional, que deverá sempre levar em consideração às necessidades individuais, bem como sinais e sintomas apresentados por você. Não podemos esquecer que grande parte da expressão de nossos genes depende do meio ambiente. Assim, podemos apresentar necessidades e carências de acordo com o ambiente em que estamos.

2) Tratamento centrado no paciente: O tratamento é direcionado ao paciente e não a doença, ao oposto da medicina tradicional. Torna-se mais importante saber que paciente tem a doença do que saber que doença o paciente tem. O indivíduo é abordado como um todo, um conjunto de sistemas que se inter-relacionam e que sofrem influências de fatores ambientais, emocionais, alimentares, historia individual de patologias e uso de medicamentos, hábitos de vida e atividade física, por exemplo.

3) Equilíbrio nutricional e biodisponibilidade de nutrientes: Se torna importante a oferta de nutrientes em quantidades adequadas e em equilíbrio com todos os outros, para que haja otimização da sua absorção e aproveitamento pelas células.

4) Inter - relações em teia de fatores fisiológicos: todas as funções de nosso corpo estão interligadas. A teia da Nutrição Funcional considera a inter-relação mútua de todos os processos bioquímicos internos, de forma que um influencia no outro, gerando desordens que abrangem os diversos sistemas. Hoje sabemos, por exemplo, que disfunções imunológicas podem promover doenças cardiovasculares, que desequilíbrios nutricionais provocam desequilíbrios hormonais e que exposições ambientais podem precipitar síndromes neurológicas como a doença de Parkinson. A teia conduz a organização do raciocínio na busca da compreensão dos desequilíbrios que estão nas bases funcionais do desenvolvimento das condições clinicas (i.e. doenças), corrigindo a causa, ao invés de apenas os sintomas genéricos.

5) Saúde como vitalidade positiva: a saúde não é meramente a ausência de doenças, e sim o resultado de
diversas relações entre os sistemas orgânicos, por isso devemos analisar os sinais e sintomas físicos, mentais e emocionais que podem estar nas bases dos problemas apresentados.

sábado, 13 de agosto de 2011

Toque estimula neurogênese: o cérebro responde e produz novas células nervosas:


Por Julieta Ueta:
Quando Fred H Gage comenta em um site da doença de Huntington (http://hdlighthouse.org/research/brain/updates/0059neurogenesis.php) que por praticamente 100 anos a NEUROCIÊNCIA abraçou o DOGMA de que o cérebro em um adulto permanece estável, sem mudanças, como um computador com memória limitada e poder de processamento definido, pergunto-me o que mudou nestas últimas décadas.

 Muita coisa mudou. Descobriu-se que o cérebro pode se modificar, se regenerar, responder a estímulos. A NEUROGÊNESE é real.

A ciência sabe há tempos que células da pele, do fígado, coração, rins e do sangue podem ser substituídas. Podem se regenerar. Não se acreditava que as células nervosas se regenerassem. O que estava com elas, com elas se perdia, à medida que as células morressem. E a memória ia, assim, embora? Acho que não.

Fred H.Gage é do laboratório de Genética que pesquisa doenças neurodegenerativas relacionadas à idade, no Salk Institute. Gage concentra seus esforços no sistema nervoso central e sua inesperada plasticidade e adaptabilidade a estímulos ambientais que se mantém por toda uma vida adulta em mamíferos.

A história da neurogênese em adultos é uma teoria científica que está se modificando. Neuroanatomistas como Ramón e Cajal acreditavam que o sistema nervoso era imutável e incapaz em regeneração. Em 1962 Joseph Altman apresentou a primeira evidência de neurogênese em mamíferos adultos no córtex cerebral. Não lhe deram crédito. Nos anos 80 novas evidências sólidas surgiram, mas ainda existia certo ceticismo. Foi somente na década de 90 que esta área de pesquisa ganhou a devida prioridade. Nesta mesma década foi demonstrado neurogênese em primatas não humanos. Aves, coelhos, ratos, camundongos têm sido empregados pela ciência para provar a existência da regeneração nervosa.

Atualmente com muitos avanços, a ciência aceita que novos neurônios são continuamente sintetizados durante toda a vida adulta, principalmente em 2 regiões do cérebro, uma delas o bulbo olfativo e outra no hipocampo. Células que nascem podem morrer logo, mas parte delas torna-se funcionalmente integrada a um tecido cerebral circundante. Novos experimentos têm mostrado que outras regiões do cérebro são capazes de neurogênese.

A relevância funcional da neurogênese em adultos é incerta, mas há alguma evidência de que a neurogênese adulta no hipocampo é importante para a aprendizagem e memória. Mecanismos múltiplos para a relação entre a neurogênese aumentada e cognição melhorada têm sido sugeridas, incluindo as teorias computacionais para demonstrar que novos neurônios aumentam a capacidade de memória, reduzem a interferência entre memórias, ou acrescentam informações sobre tempo às memórias.

Neurogênese está sendo relacionada a vários fatos e condições além de aprendizado. Estados de estresse, depressão parecem ter relação com o nível de neurogênese. Quanto mais melhor,mas se ausenteou inibida é sinal de condições ruins.

Recentemente, no entanto, neuroimmunologista Michal Schwartz, do Instituto Weizmann de Ciência e seus colegas descobriram proliferação de células progenitoras neurais no corno dorsal da medula espinal do camundongo. Como esta parte da medula espinhal é conhecido por ser predominantemente composto por neurônios sensoriais, " tivemos uma idéia de que esses novos neurônios, estão participando de sensação de dor e/ou de toque", disse Schwartz. (http://www.the-scientist.com/news/display/57809/)

Michal Schwartz é uma cientista chefe do laboratório de Imunologia da Mente na Saúde e na Doença, do departamento de Neurobiologia do conceituado Instituto Weizmann de Ciência, em Israel.

Para testar essa ideia, os pesquisadores colocaram os camundongos em gaiolas contendo papel macio, cascalho, ou substrato, esponja ou uma combinação, por duas horas e medindo-se a produção de novas células na medula espinhal. Apenas duas horas após a exposição a ambientes enriquecidos, os animais mostraram um aumento dramático no número de novas células no corno dorsal. A quantidade de neurogênese foi maior em camundongos expostos a ambientes com uma combinação de tipos de substrato, sugerindo que a proliferação celular pode ser uma resposta não só para a novidade de um ambiente, mas para a sua diversidade também.

Em novembro de 2010 saiu publicado os resultados destes experimentos em camundongos na revista Molecular Psychiatry com o título:Touch gives new life: mechanosensation modulates spinal cord adult neurogenesis, (Toque dá nova vida: mecanosensação modula neurogênese em espinha dorsal de adulto) de autoria de R Shechter, K Baruch, M Schwartz and A Rolls.

Enfim, camundongos expostos a estímulos táteis novos produzem neurônios ainda para amadurecer, na espinha dorsal, sugerindo que a neurogênese tem um papel no toque e vice versa

"Este é um resultado muito interessante e inesperado", disse o neurocientista Pierre-Marie Lledo do Instituto Pasteur, na França, que não está envolvido nesta pesquisa. A neurogênese na medula espinhal foi predominantemente documentada só in vitro, disse ele. "Para ver se realmente há neurogenesis in vivo no corno dorsal da medula espinhal é bastante intrigante e muito interessante", e sugere um novo mecanismo pelo qual os organismos podem ser capazes de processar ambientes complexos táteis, observou Lledo.

O grupo de pesquisa do neurocientista Pierre Marie Lledo do Instituto Pasteur na França está interessado em entender as bases neurais e celulares da percepção sensorial, aprendizado e memória em roedores. Por que estudar memória e aprendizado usando roedores como ratos e camundongos? Como diz o pesquisador, o camundongo aprende rápida e efetivamente em condições tanto espontâneas quanto em condições de estresse, como no ambiente laboratorial. O grupo procura obter repostas para entender de maneira mais completa os mecanismos de plasticidade envolvidos no sistema olfatório de mamíferos.

"Não esperavamos ter esse efeito incrível", disse Shechter Ravid, um estudante de pós-graduação no laboratório de Schwartz, que ajudou a executar os experimentos. "Foi uma resposta muito rápida ao meio ambiente." "Foi uma grande surpresa", concordou neuroimunologista e co-autor Asya Rolls, que trabalhou no laboratório de Schwartz e que atualmente é um pós-doutor na Universidade de Stanford. "A neurogênese é um componente adicional que nunca foi sequer sugerido neste domínio da sensação de toque.”

Para testar o papel da neurogênese em habituação a estímulos, a equipe expos os cmundongos a ambientes repetidamente durante um período de 7 dias, ou os manteve permanentemente nas gaiolas enriquecidas. Em contraste com os experimentos de exposição única, exposições repetidas não resultaram em aumento da neurogênese, e a exposição contínua até parece inibir o processo.

Os neurônios imaturos tendem a morrer dentro de quatro semanas, no entanto, Lledo observou, o que leva à morte neuronal não é claro, mas ainda em tenra idade, esses neurônios podem estar ativos. "A mesma categoria de neurônios na mesma idade no bulbo olfativo, são capazes de demonstrar uma semana após o nascimento que de fato liberam GABA." Assim, embora estes neurônios não cheguem a amadurecer, eles ainda podem ter habilidades funcionais, disse.

De fato, os resultados mostram uma impressionante semelhança com o processo de neurogênese em adultos no bulbo olfativo, disse Lledo, onde a exposição a odores diferentes estimula a proliferação celular, como demonstrado. "Se você olhar para o cérebro de um camundongo vivendo em uma gaiola muito limpa e enjoativa, o número de neurônios é bastante reduzido, mas assim que você altera os odorizantes a cada dia, você estimula os neurônios dois ou três vezes." Assim, o processo de neurogênese e diferenciação pode ser "um fenômeno mais geral de plasticidade nos órgãos sensoriais".

Os autores comentam no resumo do artigo que em se apresentando a neurogênese em adultos como um mecanismo potencial de resposta a um estímulo novo e de habituação a repetidas exposições sensoriais, isto abre novos rumos potenciais no tratamento da hipersensibilidade, dor e outros distúrbios mecanosensoriais.

Trabalhos como o de Fred H. Gage do Salk Institute podem levar a métodos que possam ajudar no caso de doenças degenerativas ou traumas. Seu grupo mostrou que o enriquecimento ambiental e o exercício físico pode aumentar o crescimento de novas células nervosas. O conhecimento de mecanismos celulares e moleculares destas observações podem lever ao reparo de cérebro com problemas devido a idade ou trauma.

Um comentário no artigo da revista The Scientisit diz que enfim não se trata de tanta surpresa assim. Entende que nada mais é do que um alinhamento da descoberta científica com o que já é establecido pela Escritura Hindu, o Vedas. Outro comentário fala da grande descoberta científica, mas pergunta: será que isto do toque (mecanosensação) original renovado ser um estimulador de neurogênese é realmente surpresa?

É SURPRESA PARA VOCÊ???

Um toque de carinho renovado e neurogênico para você que aí se encontra.


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quarta-feira, 13 de julho de 2011

domingo, 5 de junho de 2011

SISTEMISMO ECOLÓGICO CIBERNÉTICO (Edson Paim & Rosalda Paim)


EXTRAÍDO DO LIVRO

Sistemismo Ecológico Cibernético

Autores:

               Edson Paim 

                                   Rosalda Paim

Este livro trata de um paradigma de natureza abrangente, integrativa, holística - o Sistemismo Ecológico Cibernético - que corresponde ao Sistemismo ampliado, construído com alicerce em quatro pilares principais: Teoria Geral dos Sistemas, Cibernética, Teoria da Informação e Ecologia, constituindo-se, assim, uma metodologia de caráter multi-referencial. 

O primeiro capítulo trata do enfoque sistêmico ou Sistemismo, um quadro de referência, baseado na Teoria Geral dos Sistemas, de Lwidg von Bertalanffy. 

O segundo concerne à Visão Ecológica, aspecto que não deve ser negligenciado na abordagem de qualquer sistema, de natureza física, biológica, social ou tecnológica, pois todos eles inter-relacionam e interagem com o ambiente (ecossistema), através de contínuos intercâmbios de matéria, energia e informações entre ambos, afetando-se mutua e continuamente. 

O capítulo terceiro refere à abordagem sistêmica ecológica ou Sistemismo Ecológico, formado pelo acoplamento da Teoria Geral dos Sistemas e da Ecologia. O quarto capítulo aborda a perspectiva cibernética, fundamentada em um ramo do conhecimento, integrante da Teoria Geral dos Sistemas - a Cibernética - definida como a “ciência das comunicações, do comando e do controle, no homem, na máquina e na sociedade”. 

As virtuosidades da Cibernética são ampliadas, mediante a inclusão da Teoria da Informação, no seu bojo. 

O Capítulo quinto procura articular os conceitos Vida, Informação, Entropia e Negentropia e Sistemas Sociais, isto é, a entropia das organizações humanas. 

Entende-se a Entropia como uma tendência no sentido da desorganização e extinção dos sistemas, mas sobre a qual os seus podem exercer esforços no sentido oposto - ação negentrópica - com o fito de evitar sua desestruturação e finitude, objetivando alongar o seu período de existência ou até tentar perenizá-las. 

O sexto Capítulo trata da conjunção da Teoria Geral dos Sistemas, da Cibernética e da Teoria da Informação, ao que designamos Sistemismo Cibernético Informacional e que Morin refere como a “trindade profana”. 

A Cibernética dos Sistemas Vivos é enfocada no sétimo capítulo, referindo-se à existência de mecanismos de controle e de reajustes automáticos (“feedback”) nos organismos vivos e, o oitavo apresenta a Dialética dos Sistemas Vivos, porta de entrada para o nono - Dialética Cibernética, - contendo propostas dos autores, baseadas nos conflitos entre os sistemas e o seu ambiente (ecossistema) e, nos antagonismos existentes entre a entropia e seu par antagônico (dialético) - a negentropia - além de se fundamentar na oposição entre o calor e o frio, entre os processos de oxidação e redução, entre a saúde e a doença e, entre a vida e a morte. Entende-se a entropia como uma tendência universal, inexorável, para o resfriamento, nivelamento energético, para a mesmice, para a catamorfose, indiferenciação, incluindo a morte biológica ou física dos sistemas, enquanto que a negentropia (entropia negativa), representa uma contra corrente à lei geral da entropia. Guillaumaud, em seu livro que se intitula “Cibernética e Materialismo Dialético”, atesta o caráter dialético do mecanismo de retroação ou retroalimentação (“feedback”), um atributo universal dos seres vivos e um dos fundamentos da Cibernética, capaz de reforçar a nossa proposta de uma Dialética dos Sistemas Vivos e, de uma Dialética Cibernética. 

Os nove capítulos referidos, que se pretende estarem inter-relacionados, interligados, entrelaçados, integrados, como uma malha, uma rede, uma teia de idéias, fundamentos, conceitos e princípios, constituem o alicerce do Sistemismo Ecológico Cibernético - o Sistemismo ampliado - constantes dos capítulos X a XII. 

O capítulo seguinte - o décimo - Sistemismo Ecológico Cibernético e Sistemas Sociais refere a uma aplicação prática do paradigma sistêmico-ecológico-cibernético, abordando os sistemas sociais abertos, democráticos, cuja essência é a utilização de mecanismos de “feedback”, capazes de permitir o funcionamento equilibrado, harmônico, em toda a sua plenitude.

Este referencial possui um caráter abrangente, integrativo, holístico, elaborado segundo um paradigma que se inspira no modelo de organização dos seres vivos e dos ecossistemas naturais, sobretudo, na estrutura sistêmica do genoma humano e, no funcionamento cibernético do nosso cérebro, portanto, os atributos da consciência. 

Esta proposta dos autores, cujo objetivo inicial era servir de alicerce ou base filosófica para a Teoria Sistêmica Ecológica Cibernética de Enfermagem, elaborada por um de nós (Paim, Rosalda - 1974), em virtude da sua ampliação, resultou no Sistemismo Ecológico Cibernético, um referencial destinado a atender a propósitos mais amplos. 

  O paradigma sistêmico-ecológico-cibernético proposto é passível de aplicação a todo e qualquer sistema, seja de natureza física, biológica, social ou tecnológica, mercê destes possuírem, como denominador comum, os atributos universais dos sistemas, entre os quais:

1) - os sistemas são conjuntos de partes interligadas e inter-relacionadas, atuando conjuntamente, para a consecução de objetivo característico; 

2) - os sistemas estão inseridos no ambiente;

3) - a totalidade dos sistemas abertos efetua contínuas trocas com o seu ambiente imediato;

4) - Os intercâmbios entre cada sistema e o seu ambiente podem ser sintetizados como trocas contínuas e permanentes de matéria, energia e informações entre um e outro, afetando-se mutuamente, isto é, sofrendo, em conseqüência, influências recíprocas. 

Um determinado sistema, acrescido dos seus arredores, por sua vez, constitui outro sistema, de maior amplitude e, de natureza mista: o conjunto sistema-ambiente, que pode ser designado universo - com u minúsculo - para não confundir com Universo, o sistema cósmico. 

A Teoria Geral dos Sistemas e o Sistemismo Ecológico Cibernético podem ser aplicados tanto ao estudo de uma empresa, de automóvel ou do próprio ser humano, quanto de um município, de um estado, de um país, ou de qualquer um dos seus subsistemas, incluso o respectivo ambiente - também um sistema. 

O que os sistemas apresentam em comum é o fato de compartilharem de características como as de totalidade, abrangência, integralidade e inter-relacionamento entre suas partes integrantes e, de efetuarem intercâmbios de “matéria, energia e informações” com o ambiente. 

O fato de corresponderem a sistemas sintetiza os atributos comuns a todos eles, a menos que se o considere finito. 

O próprio planeta Terra e, mesmo o Universo inteiro, por constituírem sistemas, podem ser visualizados por este prisma, considerando-se, entretanto, que o Sistema Universal corresponde ao único sistema sem ambiente, pois não se pode conceber a existência de algo em seu redor.

Todos os direitos reservados aos autores
copyright Ó by Edson N. Paim e Rosalda C.N. Paim

sábado, 4 de junho de 2011

Perspectiva Cibernética (Edson Paim e Rosalda Paim)

Fonte: http://saber.sapo.mz/wiki/Perspectiva_Cibern%C3%A9tica (Clique e confira)

PERSPECTIVA CIBERNÉTICA
Edson Paim 
                   
                   Rosalda Paim
A Perspectiva Cibernética é a percepção da realidade através do ponto de vista da Cibernética.
A Teoria de Informações é integrante da Cibernética, enquanto esta é considerada tributária da TGS - Teoria Geral dos Sistemas, cujos atributos são compatíveis e complementares.
Esta tríade, acrescida dos postulados da Ecologia, isto é, da Visão Ecollógica, constituem o Pensamento Sistêmico, Ecológico ou Sistêmico Ecológico Cibernético, que foi elaborado pelos autores para servir de base filosófica para a Teoria Sistêmica de Enfermagem, elaborada por Rosalda Paim, no bojo de Tese de Livre-Docente, defendida em 1974, na PUC-RIO, designada, então, rebatizada como Teoria Sistêdmica Ecológica de Enfermagem, atualmente, Teoria Sistêmico Ecológica Cibernética de Enfermagem.
A Cibernética, além de ser a ciência específica dos sistemas retroativos (auto-reguláveis), parece ser a que bem expressa a idéia de movimento e, portanto, capaz de refletir a concepção dinâmica do Universo, da mesma forma que a Dialética.
Poder-se-ia, de uma maneira simplificada, afirmar que a Cibernética é a ciência da retroação, da retroalimentação, do “feedback”.
A Cibernética, como uma ciência interdisciplinar, provoca um verdadeiro impacto em todas as ciências, embora o fenômeno sociológico, conhecido como "resistência a mudanças" que sempre atrasa o desenvolvimento em qualquer área, tenha retardardado a sua adoção em determinados setores das atividades humanas.
Quaisquer sistemas abertos, para atingir seus "telos", os seus propósitos, os seus objetivos, necessitam de reajustes constantes e, para esta finalidade, é mister o concurso da Cibernética, "a ciência do controle e das comunicações no Homem, na máquina e na sociedade" e, particularmente, de seu conceito de retroalimentação ou retroação ("feedback").
A ênfase que é atribuída à Cibernética e ao seu dispositivo de reajuste (“feedback”) decorre do fato de que uma acurada observação nos leva a concluir que grande número de sistemas sociais, políticos e econômicos, assim como nosso caótico sistema de saúde tem fracassado, sobretudo porque são operados como sistemas fechados, sem mecanismos de reajustes ("feedback"), relegando-se a plano secuntário o exemplo do modelo oferecido pelos sistemas vivos (auto organizadores, auto reguladores e auto reprodutores), que inspiraram a elaboração do Sistemismo Ecológico Cibernético.
“Segundo a física newtoniana que predominou até o fim do século passado, tudo acontecia exatamente de acordo com a lei, num universo compactamente organizado em que todo o futuro dependia de todo o passado. Dela se depreendia uma visão determinística do Universo. Dois físicos, Bolzman na Alemanha e Gibbs nos Estados Unidos introduziram conceitos estatísticos na física e com eles a idéia de um universo probabilístico”, mostrando que a parte funcional da física não poderia furtar-se a considerar a incerteza e contingência dos eventos, como preconiza a estatística, a ciência da distribuição. “O mérito de Gibbs foi o de apresentar um método científico perfeitamente bem definido para considerar essa contingência. Esta concepção teria resultado na primeira grande revolução da física do século XX, na opinião de Norbert Wiener2, fazendo com que a física de nossos dias sustente cuidar não daquilo que irá sempre acontecer, mas antes, do que irá acontecer com esmagadora probabilidade1”.
Apoiado no autor citado, a inovação de Gibbs foi a de considerar não apenas um mundo, mas todos os mundos que sejam respostas prováveis a um grupo limitado de perguntas referentes ao nosso meio ambiente. Sua noção fundamental se referia à extensão em que as respostas que possamos dar a indagações a cerca de um grupo de mundos são prováveis em meio a um grupo maior de mundos. Gibbs formulou ainda a teoria de que essa probabilidade tendia naturalmente a aumentar a medida que o universo envelhecesse. A medida de tal probabilidade é denominada entropia, sendo a tendência característica da entropia a de aumentar.
Wiener3 se propôs a tratar do impacto do ponto de vista gibsiano na vida moderna, tanto através das mudanças que teria ocasionado na ciência ativa, quanto das alterações que, indiretamente, suscitou em nossa atitude para com a vida em geral. Afirma que seu livro encerra um componente filosófico que diz respeito ao modo por que reagimos ao nosso mundo com que nos defrontamos, e o modo pelo qual deveríamos reagir.
De acordo com o aumento da entropia, o universo, bem como os sistemas fechados do universo, tenderiam a se deteriorar e a perder a nitidez, passando de um estado de mínima a outro de máxima probabilidade; de um estado de máxima organização e diferenciação, em que existem formas e distinções, a um estado de caos e mesmice. No universo de Gibbs, o caos é o mais provável. Todavia, enquanto o universo como um todo se tende à deterioração, existem enclaves locais cuja direção parece ser o oposto à do universo em geral e nos quais há uma tendência temporária ao incremento da organização. A vida encontra seu habitat em alguns desses enclaves4.
"Este universo abrange tudo, é tudo e é nada; todos os efeitos participam dele, mas nenhum lhe pertence totalmente. Para caracterizar numa só palavra - é o reino do amorfo. Existe, porém, uma corrente que também abrange tudo, corrente que não importa o que seja, mas que tende a nivelar todas as diferenciações que puderam produzir efeitos: a corrente dos efeitos que desdiferenciam. Diante de nós, no seio do magma, por contingência, realizou-se um efeito que elevou um corpúsculo a um nível diferente do médio. Se as causas deste efeito, porém, não se mantiverem, o corpúsculo projetado a uma diferenciação voltará, fatalmente, à indiferenciação. É a lei da natureza que nivela as diferenciações de potencial, das quedas irreversíveis, da degradação de energia, segundo o princípio de Carnot5 - uma lei que se pode formular assim: cessando as causas que sustem qualquer diferenciação, esta se precipita para um estado de indiferenciação. Esta é a “lei" da famosa função da entropia. Há no Universo mais indiferenciação do que diferenciação, já que as diferenciações que existem são todas suscetíveis de serem niveladas6".
Foi a partir deste ponto de vista, que Norbert Wiener7, matemático e filósofo, em 1948, desenvolve a Cibernética, uma ciência de ciências, destinada a explicar os problemas de controle e comunicações na maquina, no homem e na sociedade. Congregava em seu redor engenheiros de comunicações, neuro-fisiologistas, psicólogos, cientistas sociais e outros especialistas interessados em problemas de controle e comunicações na máquina, no homem e na sociedade.
Ao aderir à concepção de um universo contigente formulada por Bolzmann e Gibbs, Wiener procura levantar todas as influências culturais decorrentes da vinculação à antiga e ultrapassada visão newtoniana do universo físico. Ao transformar a certeza física em probabilidade maior ou menor, Wiener entende a realidade física como um processo permanente de transformação, diferente de um mecanismo de relojoaria, o qual funciona de acordo com coisas e leis que regem tais coisas8.
"Podemos tomar como ponto de partida da cibernética na sua forma atual um artigo profético publicado por L. Couffignal9, em 1938, na Revista Europe. O movimento tomou corpo nos Estados Unidos na véspera da última guerra e deu início sob a forma de investigações médicas, prosseguidas pelo Dr. Rosenbleut, do México, em ligação com N. Wiener e a sua equipe do Massachusetts Institute of Tecnology. A continuação da guerra comprometeu este grupo nas investigações sobre armamentos automáticos, capazes de substituir ou ultrapassarem os combatentes humanos10".
"O termo cibernética foi adotado por Wiener11 no decurso do verão de 1947".
"A palavra cibernética se encontra já em Platãol2, que quatro séculos antes de Cristo se dera conta; entre tantas outras coisas importantes que cuidou o filósofo grego, de que a arte de pilotagem era algo singular. No sentido de que o comando e o controle - a pilotagem - responsável pela condução do barco, das gentes e das idéias - Platão alcançou há mais de 23 séculos um dos âmagos da cibernética como se apresenta hoje, entre nósl3”. Fundamentalmente, comando e controle estão na origem de todo o procedimento cibernético.
A cibernética “teria originado do conjugado de pelo menos cinco ciências: controle automático, matemática, biologia e teoria das comunicações. Desenvolveu a cibernética a partir de estudo comparativo de máquinas e organismos vivos e retornou a biologia, mas continuando simultaneamente no campo na engenharia e novas definições tem sido sugeridas na tentativa de refletir as virtuosidades desta versátil ciêncial4”.
A cibernética surgiu como uma ciência de controle e comunicações, tanto do mundo físico como do mundo biológico e social. É “uma ciência nova, que, como a matemática aplicada, corta transversalmente os entrincheirados departamentos da ciência natural: o céu, a terra, os animais e as plantas. Seu caráter interdisciplinar emerge quando considera a economia não como um economista, a biologia não como um biólogo, as máquinas não como um engenheiro. Em cada caso seu tema permanece o mesmo, isto é, como os sistemas se regulam, se reproduzem, evoluem e aprendem. Seu ponto alto é de como os sistemas se organizaml5".
A cibernética se apresenta como uma ciência de panfrontalidade e transdisciplinaridade e se “propõe a unir diversas disciplinas cientificas através de uma metodologia comum, dentro de uma mesma ética, servindo-se em particular da terminologia da teoria do comando e da teoria da informação. Com isso relaciona-se intimamente a comparação dos processos do campo do objeto de uma única ciência com processos formalmente paralelos estudados por uma outra ciência, em particular a simulação de processos biológicos, psicológicos ou lógicos, através da máquina (cibernética) de transformação de informações16".
A cibernética se define como a ciência geral dos sistemas ou organismos, independente da natureza física dos elementos ou órgãos que os constituem. Estuda, portanto, estruturas de relações entre os elementos e não propriamente elementos em causa, que reduz a certo número de propriedades funcionais, traduzindo essa atitude no denominador esses elementos átomos de estruturas - ou "caixas negras" - segundo a terminologia, adotada pelos anglo-saxãos. A cibernética se coloca, pois, entre as disciplinas gerais do espírito, o pensamento filosófico, a metodologia ou a matemátical7.
Em literatura soviética cibernética é definida como "... a nova ciência de controle finalista e ideal de processos e operações complicadas que tem lugar na natureza viva, na sociedade humana e na indústrial8”.
"A cibernética é o esforço para compreender o comportamento dos sistemas complexos19".
A cibernética almeja colocar-se, como ciência da Totalidade (Ganzheitswissenschaft), sintética e não analítica, à busca das propriedades globais de um sistema ou, mais precisamente, das propriedades resultantes do fato de se tratar de um sistema, conjunto estruturado que ultrapassa a simples soma das partes. O termo "sistema", ou "organismo" associa-se precisamente, a essa idéia de totalidade, de formas globais, correspondendo, no domínio da ação, aquilo que o termo Gestalt traduz, no domínio da percepção ou da comunicação. A interdependência entre as características do sistema, como sistema, a natureza física dos órgãos que o constituem, e que está na base da ciência cibernética, faz aflorar uma ciência de caráter geral, qualquer que seja a natureza de tais órgãos e de tais elementos. Considera-se que a sociometria, ciência que se ocupa de indivíduos reunidos em grupo, a administração ou burocracia, a teoria das mensagens, a mecanologia, ou ciência das maquinas, a filosofia, não são mais que aspectos restritos de uma ciência mais geral dos organismos. Os elementos do sistema considerado são ações ou operações elementares que se encontram reunidas, caracterizando-se por sua função global e sua tipologia (+), contribuindo em conseqüência, para a elaboração de um sistema dinâmico, um sistema de ação que se exerce sobre o resto do mundo e o modifica20.
Cibernética da ação é a ciência das modificações gerais do ambiente, geradas por sistemas de atos estruturados, um sem relação aos outros, de maneira definida. Pode-se tomar de empréstimo, da teoria cibernética geral, um método constante de estudo, que se relaciona àquilo que hoje se denomina "atitude estruturalista", método que consistirá em estudar diferentes tipos de elementos ou "caixas negras", necessários e suficientes para corporificar, quando reunidos, um sistema. …Pode-se dizer que o objetivo da cibernética é o de dominar, ou seja, de compreender um dado sistema, o que se traduz pelas seguintes quatro condições: 1) - conhecer a estrutura interna, em um dado momento; 2) - descrever o conjunto de elementos exteriores, isto é, das ações e reações do sistema circundante… que se manifestam nos limites, ou seja, o conjunto das grandezas físicas medidas nas fronteiras do sistema; 3) - conhecer o estado interior que caracterizam cada uma das caixas negras que constituem o sistema; 4) - ter possibilidade de prever a evolução global do sistema, até um dado momento, em função daquelas mesmas condições de limite, que regem o seu estado interior ou seu estado exterior.21
Como se observa, o estudo de um sistema deve ultrapassar o conhecimento do seu interior e dos seus limites para alcançar o seu entorno - o seu ambiente, por isso, o Sistemismo Ecológico Cibernético que se abebera dos saberes cibernéticos e de outros ramos do conhecimento, traz explicita a abrangência do ambiente no estudo de qualquer sistema, se contrapondo ao que está apenas implícito em outras metodologias.
“Uma das características da cibernética e da teoria geral dos sistemas é que conseguem estabelecer uma área comum entre algumas formas da matemática, principalmente as ligadas à teoria das probabilidades, séries estocásticas, análise topológica, teoria dos conjuntos, teoria dos jogos, etc.. e alguns aspectos de sistema complexos, como os encontrados na ciência da vida, do comportamento e da sociedade. Estas poderão, assim, passar a possui o “rigor" (pelo menos em alguns casos), da matematização, se bem que agora, no campo da probabilística e da topologia, a palavra rigor passa a ter a conotação um pouco diversa22”.
A Cibernética compreende três grandes subdivisões: “A Cibernética teórica, que inclui problemas matemáticos e filosóficos; a Cibernética de sistemas e meios de controle, que inclui os problemas de coletar, processar a produção de informações e também os meios de automação eletrônica; finalmente o campo da aplicação prática dos métodos e meios da Cibernética em todos os campos da atividade humana23”.
A cibernética representaria uma revolução mais ampla, no contexto do pensamento científico contemporâneo e que consiste em estudar os fenômenos como atributos de sistemas organizados. Estrutura a realidade em sistemas e seu enfoque principal está orientado para a troca de informação entre as partes do sistema, isto é, a comunicação.
Estas trocas são mediadas sempre por matéria e/ou energia, portanto, a totalidade das relações entre o sistema e o ambiente respectivo consiste, na realidade, em trocas de matéria, energia e informações, entre qualquer que seja sistema em questão (de natureza física, biológica, tecnológica ou social) e o ecossistema em que está inserido.
"Toda revolução traz consigo transformações, mudanças, crise, sublevação, e também novas estruturas sociais e novos problemas resultantes em muitos casos. A cibernética, seu advento e desenvolvimento constituem em nova revolução, uma segunda revolução industrial que traz em seu âmago novos problemas filosóficos, sociais, econômicos de complexidade nunca antes enfrentados pelo homem24”.
A Cibernética tem grande aplicação na área de saúde.
“A necessidade de eficácia e a necessidade de compreender incitaram os médicos pela cibernética. Contam-se vários médicos entre os fundadores desta ciência; foram empreendidas investigações de medicina cibernética... a medicina cibernética é a que utiliza a cibernética para o diagnóstico, o tratamento e a compreensão de uma doença25”.
"Quer se trate de coletividades animais ou humanas, as sociedades, isto é, essas coletividades desde que estejam organizadas - por pouco que sejam - são sistemas cibernéticos. H. Couffignal chegou mesmo a declarar que uma sociedade de pescadores era um sistema ibernético26”.
Para Idatte27, a contribuição da cibernética não pode ser dispensada, pois segundo Bigelow28, a cibernética é o esforço para compreender os sistemas complexos enquanto, para A. Moles29, é a ciência geral dos organismos, independentemente da natureza física dos mesmos e, para Couffignal30 a cibernética “é a arte de tornar eficaz a ação".
"... Uma verdadeira infalibilidade se verifica no processo, em relação ao objetivo proposto, graças a regulação, a auto avaliação, ao feedback31".
"... Há, todavia, duas virtudes científicas peculiares à cibernética que merecem menção explícita. Uma delas é que ela oferece um vocabulário singular e um conjunto singular de conceitos adequados à representação dos mais diversos tipos de sistemas... a segunda virtude peculiar da cibernética é que ela oferece um método para o tratamento científico do sistema em que a complexidade é saliente e demasiado importante para ser ignorada. Tais sistemas são, como bem o sabemos, mais que comuns no mundo biológico32".
Idatte33 afirma “... a unidade humana, assombrosamente impressionante, é o que exige a nossa visão da física a partir da qual Wiener34 construiu sua visão global da cibernética. Conceito fundamental que surge de tal identidade de procedimentos nos diversos campos a partir de uma noção de um universo probabilístico é a conseqüente e inevitável constatação que o longo das transformações permanentes de nossa realidade marchamos de estados mais prováveis de organização da matéria, reencontrando a noção de entropia que havia sido incorporada à Termodinâmica por Carnot35 - Clausius36, sob o ângulo e aspectos novos, bem como sua relação com a informação".
“A cibernética oferece esperança de proporcionar métodos efetivos para o estudo e controle de sistemas intrinsecamente dos mais complexos37”.
Segundo Idatte38, "a definição que entre tantas outras, parece ser a mais satisfatória, foi proposta por A. Moles39: Ciência Geral dos Organismos, independente da natureza física dos mesmos". Norbert Wiener40, em "Cybernetics or Control and Communication in the Animal and the Machine" formalizou grande parte do pensamento vigente e sugeria áreas potencialmente frutíferas para mais pesquisas. Com a quantificação da transmissão de sinais e a formalização de uma teoria de sistema de controle, amplamente aplicável, tornara-se realidade. Em suas estritas aplicações, a teoria de comunicações e de controle tornou-se um importante fator na tecnologia contemporânea e está na base da segunda revolução industrial. Na primeira revolução industrial, motores primitivos substituíram a energia humana, enquanto o homem realizava uma função de controle. Com a automação, o controle do processo da produção é relegado a servomecanismos, enquanto o operador humano programa, dirige e mantém o sistema automatizado.
Um mecanismo de relojoaria é um sistema fechado, tendo um comando preestabelecido, rígido e invariável durante o desempenho, cujo comportamento é, sobretudo, determinista em relação ao objetivo.
Diversamente do mecanismo de relojoaria, existe o comando auto regulável de um processo, por variação de fatores, a partir dos efeitos finais do próprio processo. É uma regulação por uma função que altera o efeito para alterar a causa e vice-versa. Tal tipo de regulagem é chamado retroação, retroalimentação ou “feedback”.
O “feedback” é o princípio universal da auto correção, da retroação, da realimentação, do reajuste, constituindo um processo organizador da realidade.
Para Aurel David41, o vocábulo “feedback” tem um significado bem mais amplo que retroação, significando também a interação.
"E. Maxwell42, ao estudar um dos mais antigos dispositivos intermediários (o regulador de Watt), deu a este aparelho nome de piloto (governor, em grego: Kubernetes)”.
“O tema da cibernética é como os sistemas se auto- regulam, se auto-reproduzem, evoluem e aprendem. Seu ponto mais relevante é a questão de como os sistemas se auto-organizam43".
Os processos submetidos a um “feedback” por interação são em nossa realidade universal, em nossa natureza, muito mais comuns e presentes que puramente aleatórios.
Ä cibernética, como “ciência do controle abrange três esferas principais: controle dos sistemas mecânicos e dos processos manufatureiros; controle da atividade humana organizada, ou seja, seguros, finanças, comércio e transporte; e ainda, o controle dos processos dentro dos organismos vivos”.
A esta última esfera pertencem os processos fisiológicos, bioquímicos e biofísicos, associados às funções vitais do organismo e cuja finalidade consistem assegurar a sobrevivência desse organismo dentro de um meio em constante transformação44”.
Com Marcelo D.Azevedo45, diríamos que a cibernética tem um ilimitado poder interativo e retroativo. ...A cibernética intensifica de maneira extraordinária, o procedimento interativo e retroativo, base fundamental do próprio fenômeno vital. Capacidade de auto-avaliação, auto-correção ao longo do processo desencadeado, ou por correções cíclicas no mesmo processo, a implantação da automação terá como base vivencial a permanente aferição dos sucessos e insucessos dos processos humanos e sociais, com o seu contínuo aperfeiçoamento e evolução...”.
"... A retroação comum a numerosos sistemas mecânicos, eletrônicos, também é atributo dos organismos sociais. Num sentido genérico, a retroação denota uma parte da saída do sistema (output) que, na forma de energia ou informação, volta à entrada (input). Em outras palavras, um sistema dispõe de dispositivos de retroação quando produz uma ação ou resposta à entrada de informação e inclui o resultado da própria ação na nova informação pelo qual seu comportamento ulterior é modificado46".
Segundo Rapp47, “quando o primeiro processo de feedback" foi construído pela evolução, começou a vida".
A retroação se apresenta em grande número de sistemas mecânicos, eletrônicos, administrativos e constituem atributo dos organismos vivos ou organizações sociais. Retroação (“feedback”) é a volta do efeito à causa, ou seja, é o retorno à entrada de um sistema (“ïnput”) de parte da energia e informação da saída.
“A retroação ou retroalimentação (feedback) são as palavras cunhadas pelos pioneiros do rádio, no início do século” e, "... um sistema dispõe de dispositivo de retroação quando produz uma ação em resposta à entrada de informação e inclui o resultado da própria ação na nova informação pelo qual o seu comportamento ulterior é modificado48".
Através do mecanismo de “feedback” se faz a correção por meio do próprio erro.
“...O que de mais fundamental e importante encontramos naquilo que chamamos de organismo vivo é sua capacidade de auto-regulação, de realimentação que a complexidade de organização dos elementos componentes do organismo manifesta”.Tal regulação ou “feedback”, que caracteriza os organismos vivos e os sistemas processadores de informações, produz aquilo que operacionalmente denominamos de lógica dos efeitos, ou seja, uma espécie de infalibilidade no atingir o objetivo proposto, através do processo desenvolvido e utilizado49.
Como já se afirmou, a Teoria de Informações faz parte da Cibernética e esta, por suja vez, integra a Teoria Geral dos Sistemas.
Estas três teorias (juntamente com outros ramos do conhecimento que lhe deram origem), formam o Sistemismo.
Nós preferimos designá-lo Sistemismo Cibernético, pois a Cibernética é integrante da Teoria Geral dos Sistemas, a qual, acrescida dos conceitos da Ecologia, constitui o Sistemismo Ecológico Cibernético, um construto de nossa autoria, do qual apresentamos, a seguir, o

[editar] Princípio do Sistemismo Cibernético

Em virtude de que um sistema aberto é capaz de efetuar trocas de matéria, energia e informações com o seu ecossistema e, quando cibernético, dispõe de mecanismo de retroação (“feedback”), com vistas a reajustá-lo constantemente, em função da sua teleonomia e, com base no seu próprio desempenho, constitui um dos fundamentos básicos do Sistemismo Ecológico (também Cibernético) e da Enfermagem Cibernética (Teoria Sistêmico-Ecológica de Enfermagem).

[editar] Referências Bibliográficas

1. CHAVES, M.M..- Saúde e Sistemas - Rio de Janeiro – Fundação Getúlio Vargas - l972 p.5-6. 2. WIENER, N. - The human use of human beings (Cybernetics and Society) - New York. Avon Books - l967 - Original editado em l950 por Houg Miffen Company, in Chaves, M.M. - Saúde e Sistemas - Rio de Janeiro - Fundação Getúlio Vargas - l972.p. 5-6. 3. WIENER, N .- Cibernética e Sociedade - Tradução de Paulo Paes - São Paulo - Editora Cultrix. 4. Ibid op cit (1). 5. CARNOT, S. - in GUILLAUMAUD, J. - Cibernética e Materialismo Dialético - Trad. do original francês “Cybernétique et matérialisme dialectique” por Juvenal Hahne Junior e Guilherme de Paula - Rio de Janeiro - Tempo Brasileiro - 1970 - p. 89. 6. Ibid op cit (1). 7. Ibid op cit (3). 8. Ibid op cit (l). 9. COUFFIGNAL, in DAVID, A.- Cibernética e o Homem. Lisboa , Publicação . Dom Queixote. p.10. 10. DAVID, A - Cibernética e o Homem - Lisboa - Publicação Dom Queixote p. 35. 11. Ibidem. 12. PLATÃO, in D’AZEVEDO, N.C. - Cibernética e Vida - Petrópolis - Editora Vozes, l972. 13. D’AZEVEDO, N.C. - Cibernética e Vida. Petrópolis - Editora Vozes. 1972. 14. SAPARINA Y.- A cibernética está em nós. Tradução de Fernando Gouveia - Título original Cybernetics Within Us - Rio de Janeiro - Ed. Saga - 1967, p.08. 15. GORDON P.- Uma Introdução à Cibernética - 2ª ed. - London - l968. 16. FRANK, H. G.- Cibernética e Filosofia - RJ - Tempo Brasileiro, 1970, p. 11. 17. OLIVEIRA. E.J.B.A & OLIVEIRA, E.M.R - Tecnologia Instrumental - Livraria Pioneira - SP, l974. 18. DECHERT, C,R - Impacto Social da Cibernética. Trad. de Adilson Alkimin Cunha- SP - Edições Bloc, 1970 - Cap. I. 19. BIGELOW, in IDATTE, P. - Chaves da Cibernética - Trad. Alvaro Cabral - Rio de Janeiro - Civilização Brasileira. 1972. 20. EPSTEIN, I. et alii - Cibernética. SP, Ed. Ática - Cap. I 21. ________________ - Cibernética e Comunicação - São Paulo - Ed. Cultrix - 1973 - p. 85/86. 22. Ibidem - p. 20. 23. Ibid op cit (20). 24. Ibid op. cit (l3). 25. Ibid op cit (l0) p. 70. 26. IDATTE, P. - Chaves da Cibernética. Trad. de Alvaro Cabral - RJ - Civilização Brasileira, l972.- p. 117. 27. Ibidem. 28. BIGELOW - in IDATTE, op cit (26). 29. MOLES, A. - in IDATTE, op cit (26). 30. COUFFIGNAL, H. - in Idatte, op cit (26). 31. Ibid op cit (26). 32. ASHBY, W.R. - Introdução à Cibernética - São Paulo - Editora Perspectiva - 1970, p. 05. 33. Ibid op cit (26). 34. Ibid op cit (3). 35. CARNOT, in op cit (5) - p. 90. 36. CLAUSIUS, in op cit (5) - p. 90. 37. ASHBY, R. - Introdução á Cibernética - SP - Ed. Perspectiva., l970. 38. Ibid op cit (26). 39. MOLLES, A. - in IDATTE op cit (26) . p. 61/62. 40. Ibid op cit (3). 41. Ibid op cit (l0). 42. MAXWELL - in op cit (5) - p. 97. 43. Ibid in op cit (1). 44. Ibid op cit (l4). 45. Ibid op cit (l3). 46. Ibid op cit (20). 47. RAPP, H.R. in D’AZEVEDO, M.C. - Cibernética e Vida - Ed. Vozes, l972. p. 40. 48. Ibid op cit (20). 49. Ibid op cit (l0).